Reflexões
Isabel Medina
A Fé que me habita

Reflectir sobre quem somos e o divino em nós tem sido a viagem e o sentido da minha vida. Assim nunca consegui pertencer a uma Igreja, a uma única religião. Quando iniciei este caminho, perguntava-me porque se dividiam os seres humanos em compartimentos, quando essa divisão partia de uma União baseada na Fé, no acreditar profundo de que existe mais para além dos limites dos nossos corpos. E que esse mais é Luz, é Espírito, é transcender os limites do que nos impõe o corpo que nos permite viver neste belo planeta. É uma Fonte inesgotável de Amor. É conexão. E cada um de nós transporta uma partícula dessa Fonte, cada um de nós é parte dela.

José Luís Rodrigues
Uma década de Papa Francisco
Já passa uma década de Francisco. 10 anos que passaram rápido, confirmado pelo próprio Papa Francisco. Um Papa pastor, um verdadeiro cristão, em total contradição e algumas vezes confronto com as maquinações diabólicas de algum catolicismo sempre votado aos interesses mais terrestres do que celestes.

Nuno Peixinho
Nuno Peixinho é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Universidade de Coimbra, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro/FENPROF, e membro da Wild Flower Zen Sangha.
Sérgio Dias Branco

Sérgio Dias Branco é professor da Universidade de Coimbra, dirigente da CGTP-IN, e leigo da Ordem Dominicana da Igreja Católica.
Duarte Nuno Morgado

Duarte Nuno Morgado é formado em Teologia, membro de diversas associações de cariz cultural e social e atualmente Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Loures.

Emanuel Nogueira
"Não vos conformeis com este mundo"
Muitos cristãos indignam-se, justamente, com aqueles que consideram ser os males da sociedade contemporânea, contrários à moral cristã, ao mesmo tempo que se mostram perfeitamente indiferentes, tolerantes ou até adeptos convictos do sistema económico dessa mesma sociedade, o capitalismo.
Sérgio Pratas
Não podemos ficar indiferentes

Vivemos hoje tempos duros (em Portugal e em muitas outras latitudes). A pandemia teve um impacto tremendo – e não apenas ao nível da saúde. Como veio revelar o relatório “Pobreza e exclusão social em Portugal” (2022): “O impacto da pandemia nas condições de vida e rendimento da população em Portugal foi muito forte. A população em risco de pobreza e exclusão social aumentou em 12%.”
Rev. Tim Yeager
A esperança revolucionária do Natal

É a chama de uma esperança revolucionária — esperança de um mundo melhor, uma sociedade mais justa, onde a ordem social é virada de cabeça para baixo para que os pobres sejam alimentados e os ricos sejam aliviados dos seus ganhos mal obtidos. E é algo com o qual as pessoas trabalhadoras de qualquer cultura, qualquer origem religiosa ou filosófica, se podem relacionar.
Manuela Pinto

Manuela Pinto é conservadora dos registos e membro da Comunidade de Vida Cristã.
Pedro Estorninho:
Reflexões?

“Só é culto quem acredita!” — frase que não esqueço e que me foi dita (ou pelo menos prestei-lhe a devida atenção) pela voz do meu pai, homem da Música, tanto como profissional como melómano, teria cerca de 9 anos. Mais tarde no tempo, leio numa entrevista da pintora Graça Morais que diz/afirma a determinada altura: “Só é culto quem confia.”
Dílio Ramos:
Cristãos de esquerda e a cooperação em África

Já escrevi diversos artigos de opinião sobre ser comunista e cristão — porque não? Moderado, mas comunista. Escrevi sobre o bispo Resende, o primeiro Bispo da Beira, sobre o bispo Vieira Pinto, de Nampula, que a PIDE obrigou a regressar a Portugal antes da Revolução Democrática de 25 de Abril.
Participei na Guerra Colonial fazendo a “guerra à guerra por dentro.” Apoiei o MFA e fui às bases da
FRELIMO fazer a Paz. Escrevi um artigo sobre o 7 de setembro em Mueda, sobre a Paz ou a Guerra.
Edgar Silva

Edgar Silva foi padre e é investigador no Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa e dirigente do PCP.

Olinda Marques:
Manter a esperança em tempos de crise...
Como profissional de saúde vivi de forma muito intensa a pandemia do COVID. Trabalhei presencialmente, quase até à exaustão muitas horas acima do habitual porque senti que era essa a minha missão, enquanto profissional de saúde, enquanto cristã e enquanto cidadã. Como militante da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos mudei radicalmente de hábitos.

D. Januário Torgal Ferreira:
Vergonhosa é a injustiça que cria a pobreza
Tinha razão o norte-americano, sem nome, que todas as sextas-feiras se postava diante da Casa Branca de bandeira em punho, revelando-se contra a guerra do Vietname. Contrariado por um jornalista, que lhe referiu que jamais conseguiria os seus intentos, limitou-se a responder: “Mas eu não estou aqui para mudar o mundo, venho a este lugar todas as semanas com uma intenção: a de que as pessoas não me roubem a convicção que alimento!”.

Joaquim Mesquita:
A consciência de uma missão
Com a boa-fé, e uma ingenuidade que me é própria, e na análise social de que era capaz na minha adolescência, assumia como certo que a sociedade e o mundo percorriam um caminho linear de desenvolvimento caracterizado pela evolução técnica e científica indissociável do progresso humano. E que resultaria, inevitavelmente, em prosperidade social e avanço civilizacional. E o 25 de Abril parecia ser a prova evidente e a garantia desta análise e destas conclusões.

Deolinda Machado Carvalho:
A construção de uma paz duradoura
Os valores evangélicos são compatíveis com a luta pela dignidade do/a trabalhador/a e com a luta pela paz, na medida em que há identidade nos princípios e valores defendidos pelo Evangelho, no respeito pelos direitos humanos e os valores que defendemos como sociedade humana.

Gabriel Esteves:
A Jornada Mundial da Juventude e os jovens trabalhadores
O verão de 2023 está “já aí” e com ele chegam as Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa. Todo o país está em alvoroço em preparações para acolher este enorme evento, no qual iremos receber perto de um milhão de jovens de todo o mundo.

Silvina Queiroz:
De mãos dadas faremos mais
Há factos que são absolutamente inseparáveis da pessoa a quem se referem. No meu caso indico três: o meu nome, que acho feíssimo, mas que é minha marca de água, a minha Fé protestante, calvinista e a minha inteira dedicação ao meu partido de sempre: o Partido Comunista Português (PCP). Sou uma mistura destes três ingredientes, e nenhum pode isolar-se do outro.