Reflexões Artur Ribeiro
As contas e a vida
Vivemos uma profunda crise social. Na habitação, na Saúde, na Educação, nos Salários e Pensões. Recentemente aqui escrevi:- há cada vez mais famílias a terem de optar entre pagar ao senhorio ou pôr a comida na mesa. Cada vez sobram mais dias, cada vez falta mais salário ou pensão para chegar até o fim do mês.
Natal
Chegados a Dezembro, o mês do Natal, assalta-me a memória de Londres, capital – em meados do século XIX – de um poderoso império, em que à opulência de alguns correspondia a miséria extrema de milhões de miseráveis: dura realidade a inspirar o pensamento crítico de Karl Marx sobre a sociedade capitalista.
Esta economia mata
Em meados do século XIX, em Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett escreveu: “E eu pergunto aos economistas-políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?” No fundo a pergunta era: quantos pobres custa um rico? E pela mesma altura Karl Marx explicava que se tratava da apropriação do produto do trabalho por parte dos detentores dos meios de produção.