JMJ 2023
Pressa no ar e vontade de transformar
“Enquanto na Ucrânia e noutros lugares do mundo há combates, e enquanto em certos salões escondidos se planeia a guerra — isto é terrível, planear a guerra! — a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) mostrou a todos que outro mundo é possível: um mundo de irmãos e irmãs, onde as bandeiras de todos os povos flutuam juntas, lado a lado, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas!
Pode haver progressismo na acção católica?
No quadro da Jornada Mundial da Juventude, a acção católica merece ser alvo de discussão e reflexão. Serão os católicos todos conservadores ou há sectores que lutam diariamente pelo progresso social? Na luta pela paz e justiça social, na construção da unidade, esta é a questão central que pode e deve ser analisada.
Paz, essa palavra subversiva
O que mais me impressionou no primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude não foi o espectáculo do encontro de jovens, de povos, de culturas, de mais de cem países, e a alegria e sã convivência que transpareciam. Línguas, etnias, modos de viver diferentes e de lugares tão distantes, entrelaçam-se, e do seu encontro irradia, entre abraços e sorrisos abertos, o direito a ser feliz e a esperança num mundo melhor.
A JMJ caminha para o fim: notas de balanço
A realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, anunciada em 2019, no Panamá e adiada devido à pandemia, foi sem margem para dúvidas, uma grande realização da Igreja Católica, que trouxe a Portugal muitos milhares de jovens de vários países, e no País mobilizou muitas pessoas e entidades.
Jornada Mundial da Juventude à margem das crises?
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) acontece em Lisboa num quadro de profundas crises: da crise estrutural do capitalismo; da aguda crise migratória, com massiva expressão também na Europa; de crise do “ethos” da sociedade, onde emergem novas modalidades de domínio, opressão ou violência entre os povos; de crise da cultura da paz, quando os atuais senhorios procuram ditar a lógica guerreira e da inevitabilidade da matança, como se não houvesse alternativa (...)
A quem serve esta Jornada Mundial da Juventude?
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi uma criação do Papa João Paulo II com o objetivo de reunir a juventude católica de todo o mundo num acontecimento feito de confluências de redes internacionais a que estão associados jovens de vários países, regiões e culturas.
O assédio como instrumento de gestão predadora
O ano de 2023 tem sido fértil em sinais que nos indicam como vai a sociedade portuguesa ao nível da cidadania, das relações de trabalho e da vida política em geral. Claro que apenas os que encontram eco nos meios de comunicação têm algum impacto como foi o caso de novas notícias de assédio moral e sexual em várias instituições universitárias. Casos que envolveram professores universitários ou investigadores, alguns dos quais bem conhecidos dentro e fora de fronteiras.
A pobreza como lugar
O programa tão veemente da Ação Católica — ver, julgar e agir — outrora tão dinâmica e hoje tão pouco expressiva, interpela-nos em relação a quem e ao que somos. Creio que boa parte de nós, nos questionemos de vez em quando sobre o sentido de andarmos por cá, sujeitos não somente a uma vontade divina — certa para aqueles que cremos, mas antes sujeitos à vontade de outros iguais em direitos e deveres como nós, que nos condicionam e impedem que nos realizemos completamente. É por isso que uma parte do mundo parece estar saturado com a outra parte mundo.