A luta dos jovens trabalhadores pela sua emancipação na vida

Os jovens hoje têm inúmeras dificuldades no que toca a tomar as rédeas da sua vida. A grande maioria prossegue os estudos no ensino superior, adiando por vários anos a sua independência. Quando se lançam no mundo laboral, muitos vivem na primeira pessoa a experiência da precariedade, começando com estágios, passando depois por contratos a termo certo que não permitem a cada jovem planear a sua vida, sonhar com o seu futuro, assentar.

Depois existe outro ponto essencial: um jovem trabalhador quer sair de casa dos pais, emancipar-se, viver a sua vida… e vai para onde? E a que custo? Hoje a habitação está bloqueada aos jovens! Os portugueses são os que saem de cada dos pais mais tarde, em média depois dos 30 anos. Um jovem tem duas possibilidades. Ou arrenda casa aos preços proibitivos deste mercado desregulado e virado para os turistas e deixa de comer, mas ao menos tem uma casa. Ou pede um empréstimo ao banco para comprar uma casa própria, fincando a pagar durante a vida toda, já ignorando a necessidade de ter 10% do valor da casa para a entrada, dinheiro esse que o jovem não tem, porque não consegue poupar com os salários baixos que são pagos.

Agora pergunto? Será este assunto verdadeiramente preocupante? Considero que os sucessivos governos têm tentado passar entre os pingos da chuva por esta questão. Mas há de chegar o dia que será tão grave que será impossível de calar e de ficar parado sem agir. Assim consideramos nós, jovens da JOC. Durante o próximo ano será este o assunto principal das nossas reflexões, sendo que iremos aprofundar as razões profundas que nos impedem de sermos livres e independentes na vida e alcançar algumas pistas de ação para nós emanciparmos, sempre inspirados por Cristo, que é sempre o primeiro a ter um projeto de salvação para cada um.