Gaza - Um campo de morte

E mais adiante:- "Penso sobretudo em quem deixa Gaza no meio da fome que atingiu os irmãos palestinianos, perante a dificuldade de fazer chegar comida e ajuda ao seu território".

Marta Lorenzo, Diretora na Europa, da Agência da ONU para os refugiados palestinianos, diz que em Gaza mata-se por dia, o equivalente "a uma sala de aula cheia de crianças", todos os dias.

De facto, Gaza está hoje transformada num verdadeiro cemitério.

Após o intolerável ataque do Hamas, Israel iniciou uma terrível agressão militar que já provocou mais de 45000 mortos, sendo cerca de 18000 crianças e 12000 mulheres. Além das 18000 crianças que morreram, há ainda mais 35000 que ficaram órfãs.

É absolutamente inconcebível esta destruição por parte de Netanyahu que provocou também a morte de médicos, professores e até funcionários das Nações Unidas.

Na Cisjordânia, as tropas israelitas e os colonos por elas protegidos, já mataram 800 palestinianos e estão presos cerca de 12000

No Líbano segundo informação do Ministério da Saúde Libanês, os bombardeamentos já causaram 3000 mortos e 14000 feridos.

Há denúncias da prática de genocídio por parte das forças israelitas, as quais o Tribunal Internacional de Justiça da ONU considera que têm fundamento.

Entretanto Netanyhau quer impedir a acção da Agência das Nações Unidas (UNRWA) que presta assistência aos palestinianos, nomeadamente em escolas, hospitais e centros de saúde, o que, a verificar-se, terá consequências dramáticas na suas já tão difíceis condições de vida.

E é em face de tanto sofrimento e destruição que por todo o mundo se manifestam centenas de milhares de pessoas a exigirem o fim imediato do genocídio e o respeito pelos mais elementares Direitos Humanos.

Como dizia recentemente o presidente Lula, e na linha, aliás, do que já tem referido o Papa Francisco, se o dinheiro que se gasta em armas para manter as guerras, fosse gasto para alimentar os que precisam, não haveria fome no mundo.

Voltando ao Papa Francisco: "Na guerra perde-se sempre. Só ganha quem vende as armas".

Temos todos que refletir sobre isto e continuar a intervir, todos os dias, porque o mundo pode ser melhor.