Acordai amigos. Acordai
Inacreditável. O mundo está doente e ninguém vê. Na Cimeira da NATO estiveram vários dirigentes mundiais e daí não saiu nem uma palavra sobre a tragédia de Gaza e de toda a Palestina.

Artur Ribeiro é comerciante e foi Vereador da CDU na Câmara Municipal de Matosinhos.
Estarão cegos? Andarão distraídos? Desconhecem que em Gaza já morreram mais de quarenta mil palestinianos, que há cerca de cento e oitenta mil desaparecidos, além de centenas de milhares de mutilados, absolutamente incapazes para o resto das suas vidas? E como vai ser a reconstrução de Gaza? E quem vai governar? E os dois Estados?
E na Ucrânia? Santo Deus, como é possível? Então não há vontade, no mundo, que junte a Rússia, os EUA e a Ucrânia, mais o Secretário-Geral da ONU e os restantes países membros permanentes do Conselho de Segurança (China, França e Reino Unido), e ainda o Papa Francisco e o Patriarca da Igreja ortodoxa russa, para juntos, encontrarem um caminho para a Paz? Estão à espera que morram mais uns milhares de ucranianos e de russos? Estão à espera que a guerra se generalize? Santo Deus! Ninguém percebe.
Ou melhor. Talvez eu perceba. Como diz o Papa Francisco "na guerra perdem todos, só ganha quem vende as armas" E nós sabemos quem vende as armas. Quem está interessado em manter guerras um pouco por todo o lado. É por isso que na Cimeira da NATO foram anunciados mais uns tantos biliões para os próximos anos. Só em armas. O nosso governo anunciou que só neste ano são mais duzentos milhões para a Ucrânia a juntar ao que já estava previsto e depois não há recursos para investir na Habitação, na Saúde, na Educação.
Em recente entrevista, o Diretor Executivo da ONU, Jorge Moreira da Silva, destacado "quadro" do PSD, falava da pobreza que ocorre em muitos países dos vários continentes e nós perguntamos porque não se utiliza o dinheiro gasto nas guerras para acabar com a fome no mundo?
ACORDAI AMIGOS. ACORDAI. A Constituição da República Portuguesa defende a dissolução de todos os blocos político-militares. Lutemos para que a Constituição se cumpra.
Porque não há alternativa à Paz.
18/07/2024
A equipa assume a gestão editorial de Terra da Fraternidade, mas os textos de reflexão vinculam apenas quem os assina.