Por um Mundo melhor

Gostava, como certamente gostaríamos todos, de deixar aos filhos e aos netos uma sociedade mais livre, mais justa, mais solidária, mais fraterna.

"Ontem" realizaram-se eleições em Portugal e os eleitores, pelas escolhas que fizeram, demonstraram profunda insatisfação por não verem os seus problemas resolvidos. Nos salários, nas pensões, na saúde, na habitação, na educação, na justiça. Claro, os eleitores têm razão e a democracia serve exatamente para isso.

Se concordam com a forma como o país é governado votam nos mesmos, se estão descontentes fazem outras escolhas. Mas, em democracia, também temos o direito a discordar dessas escolhas e eu creio, com toda a sinceridade, que o país está a caminhar para um corredor muito estreito. Um mundo em permanente conflito, com guerras permanentes em diversos pontos do globo, situação para o qual, Sua Santidade o Papa Francisco tem chamado a atenção, reiteradamente, com uma Europa aos ziguezagues, sem rumo, com uma grande potência militar do mundo próxima de eleições presidenciais, cuja escolha não deverá ser pacífica. Com todas estas incertezas no horizonte, tenho fundadas dúvidas da justeza das escolhas que os portugueses fizeram.

Porém, e não obstante os caminhos difíceis que teremos que percorrer nos próximos tempos, os cristãos progressistas não deixarão de o fazer com determinação e confiança. Como disse o político e poeta brasileiro Carlos Marighela “a única luta que se perde é aquela que se abandona”. E os cristãos progressistas jamais abandonarão a luta por um mundo melhor, por uma sociedade justa e solidária, onde viver seja um ato permanente de felicidade para todos.