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Um ano a construir a Terra da Fraternidade

Foi há um ano, em 28 de Setembro de 2022, que a Terra da Fraternidade entrou no universo das “redes sociais” e dos “media informais”, como “sítio electrónico que publica [...] notícias, entrevistas e reflexões em consonância com os fundamentos e objectivos enunciados”, dedicado a questões político-religosas, e assumindo a novidade e a ousadia da intervenção de católicos e outros crentes progressistas.

Um ano a construir a Terra da Fraternidade

Sérgio Dias Branco é professor da Universidade de Coimbra, dirigente da CGTP-IN, e leigo da Ordem Dominicana da Igreja Católica.

Deolinda Carvalho Machado é professora, dirigente associativa e da LOC-MTC.

Joaquim Mesquita é operário fabril do sector alimentação, dirigente da CGTP-IN, e militante da Base-FUT e da LOC-MTC.

A “declaração de princípios”, então assumida com transparência — progressista e de esquerda, e que sempre foi honrada —, dizia que a “Terra da Fraternidade é um espaço independente e inclusivo de encontro e intervenção no âmbito religioso, alimentado por vozes de diferentes tradições e espiritualidades que lutam pelo progresso social; [...] é guiado por um espírito humanista de fraternidade e amizade social, adoptando o caminho da cultura do diálogo, a conduta da colaboração mútua, e o método e critério do conhecimento recíproco; [...] defende a ecologia integral e o cuidado da casa comum como fundamentos, nas esferas do ambiente, da economia, da cultura, do uso dos recursos, da vida quotidiana, e das sociedades; [...] promove a união e o esforço conjunto de quem se empenha na construção de uma sociedade e um mundo assente na justiça, na solidariedade, e na fraternidade — de respeito pela dignidade humana, de igualdade social, de liberdades e direitos dos cidadãos, de aprofundamento da democracia, de primazia do trabalho sobre o capital, de desenvolvimento económico e justa repartição da riqueza, de destino universal dos bens, de acesso e diversidade cultural, de equilíbrio ambiental, de soberania e independência nacional, de paz, amizade e cooperação entre os povos, e de desarmamento generalizado.”

A “Terra da Fraternidade nasceu com uma equipa, coordenada por um dos seus membros, com uma composição clara e distintiva — pelo compromisso, intervenção, experiência e confiança, pela ligação profunda ao sindicalismo de classe, unitário e transformador, à cultura e acção cívica, e pelo entrosamento com organizações de crentes progressistas.

Neste primeiro ano de vida, pesem embora as dificuldades, a equipa da Terra da Fraternidade alargou muito, tendo envolvido directamente 25 autores com cerca de 50 textos. São números positivos, mas estão longe das potencialidades e possibilidades do projecto. Podemos e precisamos de ir muito mais longe, com os actuais e novos autores e colaboradores, membros de religiões e organizações religiosas que ainda não publicaram na Terra da Fraternidade, em notícias e reflexões e nas secções menos participadas — entrevistas, citações, leituras—, ou em novas secções a criar. Este é um problema que está colocado a todos os colaboradores e apoiantes da Terra da Fraternidade para continuar a avançar.

Durante um ano, a Terra da Fraternidade registou 21500 visualizações de cerca de 7500 utilizadores. Num período de pouco mais de quinze dias, antes, durante e depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o site teve cerca de 5000 visualizações, com 86% novos visitantes. O site chegou a Portugal inteiro, a muitos países da Europa, à América do Norte e do Sul e a África. Há um progressivo aumento da duração média da visualização, que ultrapassou, durante a JMJ, seis minutos e meio. Os números são muito significativos para um projecto recente e com um público-alvo alargado. Sem dados demasiado exaustivos é já possível concluir hoje que a Terra da Fraternidade se está a tornar uma referência nestas matérias.

Os elementos de que dispomos e a resposta dos utilizadores, o apoio e a consciência da utilidade da Terra da Fraternidade, levam a equipa a reafirmar a declaração de princípios e a assumir com firmeza que vamos continuar, com mais trabalho e organização, mais força e intervenção, mais colaboradores e novas ideias.

Sempre próximo dos problemas dos trabalhadores, dos pobres, dos povos e países que carecem de justiça, progresso social e paz, este espaço de encontro e intervenção no âmbito religioso, alimentado por diferentes tradições e espiritualidades que lutam pelo progresso social vai florescer. Este é um projecto de futuro!

10 de outubro de 2023

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