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Cardeal Tolentino condecorado pelo Presidente da República

21 de junho de 2024

D. Tolentino Mendonça agraciado com a grã-cruz da Ordem Sant'Iago da Espada. "Não podemos delegar o futuro às mãos de um processador de algoritmos", apela o prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.

Cardeal Tolentino condecorado pelo Presidente da República

O cardeal e poeta D. José Tolentino Mendonça foi condecorado esta quarta-feira pelo Presidente da República com a grã-cruz da Ordem Sant'Iago da Espada.

A distinção foi atribuída durante a cerimónia de entrega do Prémio Camões, que decorreu na Culturgest, em Lisboa.

O Grande-Colar da Ordem Militar Sant’Iago da Espada é o mais alto grau da Ordem e é concedido pelo Presidente da República a Chefes de Estado estrangeiros, mas pode ainda ser concedido pelo Presidente da República a antigos Chefes de Estado e a "pessoas cujos feitos, de natureza extraordinária e especial relevância para Portugal, os tornem merecedores dessa distinção", indica o site das Ordens Honoríficas Portuguesas.

D. Tolentino Mendonça foi elevado a cardeal em 2019. Próximo do Papa Francisco, é prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.

Diante de académicos e políticos, escritores e artistas, o cardeal recebeu esta quarta-feira o Prémio Pessoa.

Na cerimónia, o prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação pediu que não se entregue o futuro nas mãos da inteligência artificial e sublinhou a importância do espanto, da poesia, do perdão e do amor.

"Não podemos delegar o futuro às mãos de um processador de algoritmos, que nos conduza no ignoto. As nossas sociedades tornar-se-ão diversamente inteligentes, contudo, é fundamental que nessa viragem elas dependam das convicções e dos sonhos de comunidades sensatas e não de um pilotamento-automático."

D. José Tolentino Mendonça, a segunda figura da Igreja em Portugal a receber o Prémio Pessoa, depois de D. Manuel Clemente, sublinhou ainda que, pela primeira vez na história, se tornou comum a convivência entre seis gerações.

Uma realidade que o cardeal considera uma extraordinária conquista sem, contudo, deixar de destacar que "não basta prolongar a esperança média de vida". É preciso mais, nomeadamente "trabalhar num projeto de sociedade que privilegie a ativação da esperança".

"A esperança de vida só se realiza plenamente como promessa se nos interrogarmos pela duração que é concedida à esperança", sublinhou.

Na cerimónia, que contou com a presença do patriarca de Lisboa, D. Rui Valério; além do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel; o Presidente da República descreveu D. José Tolentino Mendonça como um dos poetas maiores da sua geração.

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