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Papa de Abril

Um Papa que convidava cada um de nós a trabalhar pela construção de um mundo mais justo e fraterno, a favor do diálogo, da tolerância, na defesa da Paz e dos direitos sociais e económicos, em que todos os Seres Humanos, em si mesmo e na plenitude da sua condição, deverem ser respeitados, deixa-nos um legado de empenho na defesa da igualdade, da fraternidade e da dignidade humana.

Papa de Abril

Cristina Capitão é autarca da CDU, foi dirigente associativa e integrou equipas de voluntariado em projetos educativos, sociais e religiosos.

Manteve a questão ambiental no centro das discussões, tornando-se uma forte voz na defesa da natureza e das populações tradicionais e posicionou-se como líder global em mudanças climáticas e questões ecológicas.

Na sua forma de estar e com uma linguagem acutilante e assertiva, coloca-nos em confronto com a nossa mais íntima forma de ser e de estar, isto é, na atitude egocêntrica que habita no mais íntimo de cada um.
A sua luta constante contra a indiferença, referindo que a busca ilimitada do lucro e da riqueza gera pobreza, desigualdade e conflitos, “uma economia que mata”. Salientado a importância que é necessário reverter e garantir um caminho que contribua para a felicidade dos povos.

Preocupado com os migrantes apelava que TODOS tivessem "Um coração aberto ao mundo inteiro”, defendia a abertura de corredores humanitários; alojamento, segurança e serviços essenciais; possibilidade de trabalho e formação; favorecer a reunificação familiar; proteger os menores; garantir a liberdade religiosa, afirmando que o direito a viver com dignidade não pode ser negado, ninguém pode ser excluído independentemente do local onde nasceu. Que proclamou a urgência da paz para todos os países do mundo onde a violência da guerra marca o quotidiano.

“paz nunca é construída com armas, mas estendendo as nossas mãos e abrindo os nossos corações».
«Toda a guerra é uma derrota. Nada se resolve com a guerra. Nada. Tudo se vence com a paz, com o diálogo.
“A guerra é uma derrota: todas as guerras são uma derrota!”

Frases que demonstram a preocupação de Francisco com o derrame de sangue inocente, o genocídio do povo palestiniano, o sofrimento dos horrores da guerra e a necessidade de diálogo para a paz no mundo.
Num mundo que afirmava existir lugar para TODOS, TODOS, TODOS, considerando que a inquietude e a coragem são pontos de partida da vida.

Um Papa que no seu pontificado defendeu ideais que nos transportam para os valores de Abril inscritos na Constituição da República Portuguesa. É por isso, sem dúvida, um Papa de Abril. A sua memória será sempre recordada com alegria transbordante e com o coração cheio de amor conforme preconizava.

29/04/2025

A equipa assume a gestão editorial de Terra da Fraternidade, mas os textos de reflexão vinculam apenas quem os assina.

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