Proximidade e Intervenção- Exigência dos tempos actuais

Já repetidas vezes o Papa Francisco tem sublinhado a importância da proximidade, como sendo acima de tudo a interligação com outros, o recusar ficar indiferente perante as dificuldades, porque ser solidário não é ser caridoso, é contribuir para ultrapassar dificuldades e traçar caminhos.

Esse é e tem sido um dos principais papéis dos Municípios e Juntas de Freguesias e, a vida demonstra, o amplo e determinante contributo do Poder Local Democrático na resolução de inúmeros problemas locais, mesmo em áreas da responsabilidade do Poder Central, que, ciente disso, impôs as transferências forçadas de competências, não assegurando os adequados meios de suporte para a sua concretização.

Seguindo essa lógica forçou mesmo a unificação de freguesias, ignorando os muitos protestos das populações, onde muitos católicos e outros democratas convergiram, recusando ser subjugados por um poder cada vez mais centralizado.

As próximas eleições autárquicas, em final de Setembro, ou início de Outubro, antecedidas por Legislativas antecipadas, são uma oportunidade e, em ambos os casos, para rejeitar políticas contrárias à proximidade e à resolução dos problemas das pessoas.

Justamente o Papa Francisco sublinha a ideia de que estar próximos dos outros é concretizar Jesus, porque permite conhecer melhor, alargar a partilha e envolver mais na concretização de projectos que sirvam as comunidades e territórios e, não alguns indivíduos e os seus interesses particulares.

É por isso importante viver os diferentes espaços e territórios, olhar para o próximo e avaliar os poderes públicos locais, a partir de parâmetros como o Trabalho, a Honestidade e a Competência, rejeitando falsas promessas e slogans eleitorais. Estar próximo deve ser um processo constante e não apenas pontual.