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A JMJ partiu. Ainda um olhar sobre alguns custos

Uma imensa multidão participou em Lisboa na Jornada Mundial da Juventude 2023, para cujo o êxito contribuiu decisivamente o elevado envolvimento do Governo, das Autarquias Locais e de muitas entidades civis e militares, em todos os casos com custos financeiros associados.

A JMJ partiu. Ainda um olhar sobre alguns custos

Alexandre Valério é licenciado em Geografia e foi dirigente de uma IPSS.

O Papa Francisco veio mesmo a classificar o evento como o “mais bem preparado do seu pontificado”, uma importante realização que não tem como ser desvalorizada, mas que exige uma observação critica sobre o relatório do Governo relativo às despesas com a JMJ, porque limitado às actividades e contratações realizadas pelo Grupo de Projecto (GP) e assim excluindo despesas com a segurança, a saúde, a protecção civil ou os transportes.

O relatório do GP do Governo aponta para o gasto de mais de 18 Milhões euros, relacionados com 56 procedimentos associados à transmissão televisiva e seus equipamentos, à construção do Parque Verde Tejo/Trancão e à desactivação do parque de contentores da Bobadela, entre as responsabilidades atribuídas ao GP. No total dos 56 procedimentos, 22 deles foram por ajuste directo e ao abrigo da regra de excepção do Orçamento do Estado.

O que um olhar critico verifica é, a ausência de dados, com os custos de mais de 16 mil elementos das forças de segurança, protecção civil e emergência médica que estiveram de serviço, o mesmo com os meios e recursos humanos das forças armadas ou os serviços assegurados pelos trabalhadores das empresas públicas de transportes, entre outras áreas. E por isso é possível afirmar, que em Portugal houve “um evento bem organizado”, mas cujos custos financeiros foram mais elevados do que os publicamente divulgados, e que a JMJ já partiu a caminho de Seul, na Coreia do Sul. Boa viagem e mais eficácia no controlo de custos.

29/11/2023

A equipa assume a gestão editorial de Terra da Fraternidade, mas os textos de reflexão vinculam apenas quem os assina.

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